quinta-feira, maio 15, 2008

Chove,
e no meio da tormenta
salta um sorriso de poça em poça
qual afronta aos transeuntes
sincronizados à sombra do tempo.

Que belo quadro!
Queira eu ser assim
desafiar a lei imposta.
Afinal a tristeza não é estado natural.
Entrei num covil de sedentos vampiros
Bestas medonhas com alma de anjo
dos seus olhos,
emanava uma essência de luxuria envenenada

Simplesmente deprimente.
Vê-los deambular naquele buraco.
Não podiam ao menos abrir as asas,
e num dessincronizado bater
voar dali para fora

e assim permanecem,
na sombra do dia
percorrem as brumas de uma qualquer cidade,
homens pálidos de olhos vagos
seres que aspiram à plenitude incompleta.

Num barulho mudo
vagueiam lado a lado
entre dois mundos
o meu,
o teu,
enfim o nosso
e o daqueles cuja cegueira lhes turva a alma