Rasgo este véu que me separa da loucura
E sinto-a invadir-me em ondas de raiva e júbilo
Com ódio do nada e do tudo, que ocupa os espaços vazios
entre este mundo e o outro
o real e a ilusão,
a desejo e a cobardia
Que medo de soltar o monstro
escondido no fundo do poço que sou
que desespero ansioso por oculta-lo
da luz deste impávido dia de refugo.
Confinado a mim,
neste ruído mudo, que me dilacera o corpo,
Sinto-me restos
Não somente p’la corrosiva dor
Mas p’la força de crer ser livre
nesta ira de te ter perto
Rastejo como verme,
nesta existência lodosa
Esmagando-me contra esta corrente de gente,
pálida e dormente
E sinto o mundo sugar-me o sangue das veias
Espezinhando tudo o que cresce
Como ódio rangente do nada que tenta ser gente.
terça-feira, julho 31, 2007
sábado, julho 21, 2007
Na profundidade de mim
tenho saudade do que nunca tive
Que dor do nada que és
Que longe como sempre estiveste
Mas que ânsia tenho de ti
Pois meus dedos sentem teu rosto
Meus lábios tocam os teus
E num grito de alma martirizada, minha pele suplica por ti
É assim que sou sombra
em torno da fogueira que és tu
e ao acercar-me de teu calor
vejo o fim em tua luz
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